Incrementando

#15724 horas e um renascimento.

24 horas e um renascimento.

HUMANIZAR NÚMEROS PARA VIVER A ABUNDÂNCIA DA NOVA ECONOMIA.

Nos últimos dias de dezembro, na véspera do nascimento de Jesus, eu vivi uma terrível experiência que vai marcar o resto da minha vida, mas que trouxe muito aprendizado para mim. Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, e renasceu na Páscoa. Eu nasci no dia 15 de junho, e renasci no dia 23 de dezembro. Fui vítima de um sequestro e passei 24 horas dentro de um cativeiro. Mas, vocês podem estar perguntando, o que isto tem a ver com resultados? Tudo. O curioso é que eu tenho uma tatuagem de uma Fênix, que na mitologia grega, é um pássaro que renasce das cinzas. Assim como aconteceu comigo, as empresas também podem renascer das cinzas. Assim como superei o desafio de sair com vida daquela situação, os negócios também são capazes de superar seus momentos mais críticos, como por exemplo esta pandemia vem sendo para muitos negócios.

 

Sempre há um caminho. O importante é nunca desistir, procurar a serenidade e o discernimento. Algumas vezes achei que dava, e pensei em fugir. Os policiais me disseram que ainda bem que não tentei. Os negócios não podem se esquivar dos seus problemas. Precisam encará-los sob uma nova perspectiva, com fé e determinação, que foi exatamente o que me ajudou a enfrentar os momentos de agonia. Pois, em alguns momentos o desespero era tanto, que teve uma hora que notei que havia um cabo e um pneu, e cheguei a pensar em acabar com a minha própria vida lá dentro do cativeiro. Porém, nem eu e nem as empresas devem desistir, pois todos nós temos um propósito que visa contribuir com um mundo melhor. E, tenho certeza que é isto que proporciona os resultados para as empresas, e trouxe para mim, o maior resultado de todos: minha vida de volta. 

Uma experiência desta nos faz “viver na pele” algo que já sabemos. Só há duas coisas que realmente importam: a vida e as relações. 

De que adianta qualquer negócio, se não for para promover a vida e as relações. Segundo os policiais, eu só obtive “lucro” porque desenvolvi uma relação com os sequestradores. Facilitei a vida deles, ao dar todas as informações que precisavam para que conseguissem cumprir com seus objetivos. Orientei com relação à utilização do meu aparelho celular, que é por onde estavam fazendo as “transações”, como também sobre o que fazer em relação às mensagens e telefonemas que não paravam de chegar, já que depois de um tempo sem dar notícias, as pessoas começaram a me procurar. Orientei também sobre o que poderia “dar bandeira” nas transações bancárias, mas a todo momento tomei cuidado de deixá-los no comando. O que tem de diferente do que nossos clientes nos suplicam? Obtive resultados, ou seja, não apanhei e estou vivo por ter atendido às súplicas deles.

 

Outro aprendizado fundamental. Nós vamos prosperar se não vendermos ilusão. Se conseguirmos com que colaboradores e clientes corram atrás das suas essências. Os bandidos, que podemos fazer uma analogia àquele cliente que não conseguiremos fidelizar, querem “dinheiro fácil”. Isto significa que o que importa é muito raso, e qualquer um pode suprir. Como fidelizar alguém assim? Resultados vão acontecer quando conseguirmos com que o propósito da empresa se conecte com os propósitos de clientes e colaboradores. As pessoas buscam significado, mas não sabem disso. E, os nossos negócios podem ser um instrumento para que todos encontrem um sentido para suas vidas.

 

Portanto, todas as empresas podem renascer, e passar a fazer o bem para vida das pessoas, e cultivar relações. E, tenho certeza que isto trará prosperidade, lucro e caixa.

 

Marcelo Simões Souza