Incrementando

INSPIRAR LÍDERES A HUMANIZAR OS NÚMEROS E O
DINHEIRO PARA DESENVOLVER O BRASIL QUE DÁ CERTO

Há 10 anos, mais precisamente 120 meses, disponibilizamos mensalmente um conjunto de informações e conceitos sobre Gestão de Resultados. De acordo com o nosso propósito, o conteúdo deste tem como finalidade inspirar para desenvolver e humanizar todas as decisões que tenham como objetivo incrementar lucro e caixa de uma empresa.

Por marcar uma edição histórica, neste INCREMENTANDO  eu tomei liberdade de escrever sobre o próprio. Há dez anos, incentivado pelo meu amigo Silvio Bugelli, comecei um desafio de escrever de uma maneira diferente sobre finanças, resultados, números e indicadores. O meu propósito era acabar com uma “aversão” ao assunto que um bom número de pessoas possui. Desde então venho buscando mostrar que números (para resumir todo o tema) nada mais são que uma ferramenta a serviço das pessoas.

Esta é uma edição histórica para nós da INCREMENTAL. Afinal de contas, marca o décimo ano do INCREMENTANDO. Mas, o mais importante é que, pelos feedbacks que a gente vem recebendo, valeu a pena o esforço de ter produzido estas 240 páginas (metade com textos, metade com indicadores).

Já que os leitores têm nos dito que ele vem cumprindo com o propósito para o qual foi criado: desmitificar as finanças para aqueles que de certa forma possuem um trauma com os números, que pode até ter sido gerado lá nas aulas de matemática do ensino fundamental e médio, mas é ao longo da vida no trabalho que esta “aversão” se acentua.

Pois, ao longo desses 25 anos que venho desenvolvendo Cultura de Resultados em empresas, não foram poucas vezes que escutei: “...morro de medo de falar sobre números, preferia não participar das reuniões de análise dos indicadores econômicos e financeiros etc....”.

Porém, isto sempre me incomodou. Eu sempre fui fascinado pelos números. No meu período escolar, eu só fazia a última prova de matemática para “passar de ano com nota 10”. Por causa disto sempre tive muita dificuldade para entender por que as pessoas têm tanta dificuldade para lidar com eles. Que mal eles fizeram ou fazem?

Até que um dia “caiu a ficha”, os números são uma ferramenta, e assim como qualquer outra, também podem ser utilizados para fazer o mal. Em outras palavras, é o mau uso deles que provoca o medo. É muito comum líderes e gestores utilizarem números como instrumento de pressão, imposição, intimidação, manipulação, etc. Ou isto não é comum nas análises de desempenho, nas definições de metas etc.?

Bem, todo este cenário me inspirou a perseguir o desafio de a cada edição tentar me superar para desenvolver uma abordagem diferente sobre números, finanças, dinheiro, indicadores. Portanto, a ideia principal do INCREMENTANDO é descomplicar o assunto e, principalmente, considerar que a Economia está a serviço das pessoas, e não o contrário.

Aliás, vamos fazer uma reflexão. Em várias dimensões da nossa vida os números estão sempre nos gerando algum desconforto. É a margem de contribuição, o peso, a pressão arterial, o lucro insuficiente (ou prejuízo), o colesterol, a Necessidade de Capital de Giro etc. Sempre os números nos incomodando. O que fazer? Parar de acompanhar indicadores?

Não é o recado que tenho dado ao longo dessas 120 edições. O propósito da INCRMENTAL deixa claro no que acreditamos: inspirar líderes a humanizar os números e o dinheiro para construir o Brasil que dá certo.

Nós entendemos que os indicadores são essenciais para qualquer negócio. Eles servem para mostrar o que está e não está gerando riqueza na dimensão econômica, para dar um direcionamento, para servir como referencia, mas principalmente, para estimular.

Esta é a grande mudança que precisa ser feita. Nós inclusive demos um nomes para as reuniões que fazemos para analisar os resultados nos nossos clientes: RAIIDA. A análise dos Resultados nesses encontros deve gerar Aprendizados, provocar Inspirações, contribuir na produção de Ideias, estimular as Decisões, para Ações de melhores resultados.

ÍNDICES DE NOVEMBRO/18 A JANEIRO/19

LUCRATIVIDADE Total Industria Varejo Serviço

LIQUIDEZ

Total Indústria Varejo

*Quando se obtém prejuízo, não são calculados indicadores onde o denominador é o resultado operacional. Isto porque o objetivo destes é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa.

O Varejo, apesar da lucratividade estar num patamar razoável, a preocupação é novembro foi o 3o mês consecutivo de queda. Mas, o mais preocupante, que também consumiu caixa neste mesmo período. Já Indústria e Serviços obtiveram resultados muito parecidos no segundo semestre.