HUMANIZAR NÚMEROS PARA VIVER A ABUNDÂNCIA DA NOVA ECONOMIA.
Nesses meus 28 anos de trabalhos auxiliando empresas a desenvolver cultura de resultados, estou cansado de ouvir algumas frases que atrapalham demais a conquista de resultados nas empresas: “...quando tudo estiver certo, nós daremos início...”; “...no momento que estivermos totalmente preparados, começaremos...”; “...vamos deixar tudo perfeito, para depois implementarmos...”; “...primeiro vamos arrumar tudo, depois iniciamos...”; e várias outras parecidas com estas.
Então pergunto: será que algum negócio, ou mesmo alguma pessoa, chega a esse momento? Tudo certo, perfeito, preparado? É óbvio que não. Isso é algo que ocorre com muita frequência nas empresas: deixar para depois. O problema é que faz com que muitas iniciativas se transformem somente em boas intenções. Como disse Dalai Lama:
“só existem dois dias no ano que nada pode ser feito...um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.”
E, acrescentando uma famosa citação de Albert Einstein: “não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes.” Portanto, se o seu negócio deseja incrementar e cultivar lucro e caixa, é preciso de novas ações, o que normalmente não se pode esperar muito para realizá-las, pois, pode ser tarde. Ou será que a sua empresa pode esperar para ter resultados melhores, somente quando tudo estiver perfeito? Credores, fornecedores, colaboradores etc. esperam? Clientes esperam, para você investir e atendê-los de forma adequada? Sem falar das inovações que eles desejam.
Aliás, esse foi outro aprendizado que obtive na sina que vivi no final do ano passado (a qual contei no último INCREMENTANDO), e parafraseando Dalai Lama: o amanhã pode não existir. Pois bem, quer “chegar” em resultados melhores, é preciso “pegar a estrada”. Em outras palavras, resultados diferentes (maiores) só acontecerão se começarmos a fazer algo para que mudem.
Mas, não estou dizendo que as pessoas devem sair fazendo as coisas de qualquer forma, sem planejamento, sem avaliar os riscos e sem fazer um plano de viabilidade quando envolver aumento de gastos e/ou investimentos. O importante é encontrar o equilíbrio entre não dar o primeiro passo, ou fazê-lo de forma tresloucada.
Lucro depende de vendas, que é uma consequência das experiências que nossos produtos e serviços proporcionam para clientes e colaboradores. Porém, como já sabemos, o que encantou ontem, não é necessariamente o que surpreende hoje, e pouco provável que o seja amanhã. A sua empresa já implantou um processo de escuta constante de clientes e colaboradores? Se não. Está esperando o que? Como acredita que vai estar atualizado em relação às mudanças daquilo que está sendo valorizado pelas pessoas? Até porque muito do que desejam, nem conseguem expressar em palavras, nós é que temos que captar, interpretar. E como fazer isto sem escutar os clientes? Vai esperar até quando? E, lógico, como na maioria dos casos, não é você que está lendo este boletim, que “faz a entrega” dos produtos e serviços. Ou seja, também é fundamental o mesmo processo para ouvir os colaboradores. Ou acredita que este conseguirá proporcionar uma experiência para o cliente, se ele mesmo não vive uma experiência?
Enfim, poderia dedicar páginas a exemplos de ações que gestores e líderes empresariais só querem começar, “quando tudo estiver perfeito”. Como diz o meu amigo e mentor, Roberto Tranjan: “...não é... a perfeição, mas a busca do perfectível, ou seja do que se possa aperfeiçoar...”. Por fim, resultados só vão acontecer se “pegarmos a estrada” deles.
Marcelo Simões Souza
