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#113Resultados vêm do Eixo

Resultados vêm do Eixo

No final de outubro de 2017, o meu grande amigo e mentor Roberto Tranjan lançou seu sétimo livro, o “Velho e o Menino – A instigante descoberta do propósito”. Aliás, leitura obrigatória para todos. Enfim, como está no subtítulo, esta obra é dedicada à “...busca de uma vida cheia de plenitude e significado”.

Bem, vocês devem estar perguntando: o que isto tem a ver com geração de lucro e caixa?

Tudo. Em primeiro lugar, porque o propósito facilita muito a conexão entre empresas e colaboradores. Lógico, os dois precisam encontrar as razões das suas existências.

E, quando o negócio define como vai fazer diferença na vida dos indivíduos, e encontra pessoas que possuem desejos alinhados, certamente será reconhecido pelo mercado. Já que, também facilita muito a vida dos clientes quando eles encontram fornecedores cujos propósitos se aderem às suas crenças.

Reconhecimento que nesse contexto são pessoas pagando por algo que muda a vida deles. Em finanças, isto se traduz em faturamento, preço e lucro (justos).

Depois, como o Roberto explica no livro, um bom propósito deve passar pelos cinco desígnios: Criatura/Criador, Falta/Farta, Objeto/Sujeito, Chama/Chamado e Ufa/Oba.

Isto é, um propósito que de fato seja um EIXO para a vida, precisa refletir desejos de Criador, ofertar a Farta, desenvolver relações Sujeito-Sujeito, perseguir a união entre Chama e Chamado, e buscar o Oba em tudo que faz.

E como Tranjan diz, “...designar-se é fazer o que precisa ser feito hoje para mudar o curso da história amanhã...”.

Portanto, isto leva a uma crença de que cada um é o protagonista dos próprios resultados, e não depende em nada de elementos externos (governo, clientes etc.).

O primeiro desígnio significa escolher entre passar a vida reclamando (criatura) ou ir em busca do que é possível fazer para mudar o seu amanhã (criador). Imagina a diferença entre uma empresa onde as pessoas ficam o tempo todo dizendo que os resultados não aconteceram em função da alta do dólar, chuva, clientes buscando preços menores etc.; e outra onde as pessoas “batem no peito” e dizem: o que é que vamos fazer para proporcionar experiências para colaboradores e clientes, de tal forma que nos reconheçam?

O segundo desígnio é a opção entre trabalhar para oferecer o que se possui de melhor (farta) ou preencher carências (falta). Imagina cada um dos ambientes. Na falta, os debates tendem a ser sobre salários, dificuldades, descontos, quem foi o culpado etc. Já na farta, inovações, soluções, experiências, valores etc.

O terceiro desígnio tem a ver com considerar o cliente como um meio (relação objeto) para o lucro com um fim ao invés do cliente como fim (relação sujeito) e o lucro como meio. Qual das duas escolhas criará uma cultura focada em excelência e superar expectativas? Dois ingredientes essenciais dos resultados.

Chamado é como no livro Roberto denomina o “para quem”. E, propósitos preocupados em servir são muito valorizados pelos clientes.

O último desígnio implica em escolher resultados acima de tudo (Ufa), ou obtê-los como consequência do propósito (Oba). Onde teremos resultados mais perenes?

ÍNDICES DE FEVEREIRO A ABRIL/18

Lucratividade
Total Industria
Varejo Serviço
Liquidez
Total Indústria Varejo
 
*Quando se obtém prejuízo, não são calculados indicadores onde o denominador é o resultado operacional. Isto porque o objetivo destes é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa.
Depois de um primeiro trimestre onde os índices vinham crescendo em todos os segmentos, em abril Varejo e Serviços apresentaram queda de lucratividade. O Varejo formou caixa na operação por causa da redução do faturamento, pois o ciclo financeiro dos dois segmentos cresceram nesse mês.