Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Toda vez que tiro férias e viajo, eu fico observando os negócios com que tenho contato (normalmente hotéis, lojas, bares, restaurantes e serviços de turismo), com o objetivo de buscar aprendizados e, conseguir contribuir com os resultados dos nossos clientes e os leitores deste boletim. Aliás, como disseram os autores do livro Capitalismo Consciente: “...é nas viagens que abandonamos o preconceito, construímos o entendimento e criamos um mundo melhor...”. Eu vou me permitir fazer uma troca de palavras: preconceito por paradigma.
Agora em agosto e setembro fui para o Velho Mundo, onde dois aspectos chamaram muita a minha atenção: o aproveitamento dos nichos e busca pela diferenciação. Desta vez estive em várias cidades dos Países Baixos, e foi muito interessante observar que cada negócio busca ter a sua identidade e se diferenciar dos demais. Há uma busca incessante em por algo para fazer diferença para um grupo específico de pessoas, e não para todos. Em outras palavras, diferente do que costumo ver por aqui, a maior parte dos negócios não fica tentando “copiar” o outro, buscam ser únicos e atender a um conjunto especifico de necessidades. Há negócios focados em vender somente gravatas, outros que só servem bebidas, outros que só vendem meias etc.
E, por que será que isto acontece? Porque somos “tupiniquins”? Porque somos do 3o mundo? Tem um amigo (e cliente), o Álvaro, gestor da Padaria REAL, que diz que 1.000 anos a mais de história fazem muita diferença.
Na verdade, eu entendo que esta diferença de “idade” talvez tenha criado uma competência no Velho Mundo que ainda temos dificuldade por aqui: conhecer de fato desejos, necessidades e anseios dos clientes. Entender o que faz diferença na vida de cada cliente, escolher um conjunto delas, para ser ÚNICO.
Afinal de contas lucro é uma consequência daqueles que conseguem fazer diferença na vida das pessoas – clientes e colaboradores. Isto mesmo, precisamos atrair clientes e colaboradores pelo fato de encontrarem algo que só a nossa Obra poderá proporcionar.
Nós ainda temos arraigados a cultura do “acho”, ou seja, costumamos a achar que sabemos o que é melhor para os outros, sem investigar, sem perguntar, sem pesquisar. Como é possível fazermos diferença na vida de alguém, se não soubermos o que este necessita, deseja, anseia? Achismo, mesmice, quaisquerismo; vendas à mercê dos movimentos do mercado e da economia; colaboradores pouco engajados, baixos resultados, são todos da mesma “família”.
Na minha opinião toda empresa precisava possuir o empreendimento (ou departamento, para os que preferem este nome) Curiosidade, o qual iria se responsabilizar pela existência de processos para que a Operação Curiosidade (termo criado pela Metanóia, que de maneira sucinta significa ouvir e conhecer clientes e colaborador) fizesse parte do dia-a-dia das equipes. Afinal de contas, como encantamos sem saber o que encanta? Imagina presentear o seu par afetivo com uma roupa amarela, se este não gosta desta cor? Bem quer melhorar os resultados, conheça as pessoas.
Marcelo Simões Souza
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