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HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Em muitos negócios a “tal da crise” aflorou alguns problemas: falta de diferenciais, dificuldade para inovar, é o cliente que compra e não a empresa que vende etc. E, como esta situação do país tornou o cliente ainda mais exigente, tais empresas estão enfrentando dificuldades para manter os faturamentos em níveis de resultados (ou seja, capaz de arcar com os gastos e ainda gerar lucro). Neste cenário as lideranças costumam recorrer à redução de despesas. No mínimo, tentam.
Há um grande amigo que diz: “...o sonho dos gestores seria que as despesas fossem iguais a zero, assim não teriam que se preocupar, mas isto implicaria na inexistência da empresa...”.
Ou seja, a empresa é um conjunto de pessoas realizando algo para outro conjunto de pessoas, e isto tem custo.
Esses motivos citados já não deveriam justificar os famigerados “cortes”, mas para piorar, são utilizados critérios que normalmente agravam ainda mais a situação. Definir um valor (ou percentual) a ser reduzido, não é a melhor maneira de tratar deste assunto. Nas minhas andanças como consultor presenciei dois fatos que ajudaram a reforçar esse problema. Em uma reunião de análise de resultados que estava conduzindo, chegou-se à conclusão que a pontualidade na entrega havia sido um dos principais fatores que contribuíram com o bom faturamento, o qual por sua vez era consequência da boa parceria e qualidade da transportadora. No momento seguinte, na análise de custos e despesas, os gastos com frete foram questionados, porque estavam “acima da média”. Um contrassenso.
Por pouco não foi mexido em algo valorizado pelo cliente e que estava contribuindo com a geração de receitas. Uma outra empresa, após a decisão de ajustar a estrutura, aumentou o gasto com horas extras e começou a enfrentar problemas para cumprir os prazos de entregas.
Diante disto, o que fazer para gerenciar despesas? Em primeiro lugar, deve-se trocar corte de gastos por extinção de desperdícios. Depois, é fundamental compreender que despesas são consequências daquilo que é realizado e de como são realizadas.
A primeira pergunta a ser feita é: a despesa agrega valor? E como identificar? Os melhores critérios para esta avaliação são os alicerces (propósito, valores, definição de negócio etc.). Já que, estes garantem riquezas nas quatro dimensões. Portanto, deve-se questionar e pensar seriamente em eliminar a ação e seus respectivos gastos que não estiver contribuindo com neste sentido.
Após realizar o filtro acima, a pergunta que vem a seguir para aquilo que agrega valor é: o que está sendo realizado está sendo feito da melhor maneira? Não há outra modo mais criativo de se fazer, com um melhor custo-benefício? Aliás, eu tenho notado que este problema é maior do que o primeiro. Tenho constatado que as empresas não dão a devida atenção para seus processos. Isto vale para qualquer função existente em uma empresa: produtiva, operacional, administrativa, comercial etc. Eu tenho certeza absoluta que se houver uma dedicação neste sentido, muitos desperdícios serão identificados e gastos serão reduzidos. Por que não tentar?
Marcelo Simões Souza
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