Este Incrementando foi criado como um meio para vivermos nosso propósito:
HUMANIZAR OS NÚMEROS PARA PROSPERAR EM UMA NOVA ECONOMIA.
Niall Ferguson escreveu no seu livro, A Ascensão do Dinheiro que, este é, “...um meio de troca, que tem a vantagem de eliminar as ineficiências do escambo; uma unidade de valor, que facilita a avaliação e o cálculo; e um recipiente de valor, que permite que as transações econômicas sejam conduzidas durante longos períodos e também a despeito das distâncias geográficas...”. Portanto, um resumo com as minhas palavras, dinheiro foi um instrumento criado para facilitar as nossas vidas.
Porém, o grande problema é que nos tempos atuais, o dinheiro, que nasceu para ser meio, acabou se tornando fim.
Eu cheguei a me deparar com algumas empresas que até colocaram resultado (lucro ou caixa ou retorno etc.) nas suas definições de missão e/ou visão.
Entendo que não é segredo para ninguém todos os problemas sociais que esta inversão gera (roubos, assassinatos, depressão etc.), mas não é desta faceta do problema que vou abordar neste texto. O objetivo neste INCREMENTANDO é explicar como esta inversão também atrapalha na obtenção de lucro e caixa nos negócios.
Duas metáforas, que são muito simples, mas que vão contribuir para o entendimento dessa questão que citei no parágrafo anterior. É possível imaginar que em uma partida de futebol (ou qualquer outro esporte), os jogadores passarem o tempo inteiro só olhando para o placar? E, o que será que aconteceria se dirigíssemos nossos carros olhando somente para aquele painel que mostra alguns números de desempenho do carro? Óbvio que, nos dois casos ocorreriam grandes problemas, e os resultados tenderiam a ser catastróficos.
Pois bem, a mesma tragédia tende a acontecer com as empresas, quando estas definem que o principal é a conquista do dinheiro, dos números e dos indicadores. E, para acentuar ainda há a tal da meta, que como qualquer ferramenta, quando mal utilizada costuma fazer grandes estragos. E é o que acontece nesse cenário, as metas se transformam em um instrumento para pressionar, controlar e até coagir. Enfim, tudo isto acaba se transformando numa eterna “corrida atrás do rabo”. Como os gestores desses negócios ficam obcecados pelos resultados, acabam negligenciando os principais responsáveis por estes: clientes e colaboradores.
Como disse o autor que citei no primeiro parágrafo, e acrescentando algumas palavras: dinheiro, números e indicadores nasceram para ser “meios” e não “fins”. Toda vez que os colocarmos FORA DA ORDEM, a tendência é que os resultados não aconteçam.
O dinheiro tem que ser um meio para financiar a possibilidade de vivermos nossos propósitos. E que, lógico, devem estar relacionados a servir algo a alguém. Números e indicadores, meios para ajudar no aprendizado de como podemos gerar riquezas nas quatro dimensões, a partir dos propósitos. Não podemos esquecer que riqueza na dimensão econômica também é essencial para um Brasil que dá certo.
Para não terminar este texto com a impressão de que dinheiro não é importante. Ele é sim. A grande questão é de como lidamos com Ele. Meio ou fim? Na Ordem Natural ou Fora da Ordem?
Marcelo Simões Souza
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