Incrementando

#132“Se eu não for por mim, quem o será? Mas, se eu for só por mim, quem serei eu? Se não agora, quando?” Rabino Hilel

“Se eu não for por mim, quem o será? Mas, se eu for só por mim, quem serei eu? Se não agora, quando?” Rabino Hilel

 

Inspirar obras a humanizar números para desenvolver o Brasil que dá certo.

Estes dias assisti a uma entrevista do filósofo brasileiro Mário Sérgio Cortella, onde ele citou esta frase de um rabino que viveu entre 60 a.c e 9.d.c., Hilel, a qual escolhi como título deste INCREMENTANDO. A frase mexeu muito comigo porque me deparei com ela ao mesmo tempo em que estávamos no processo de revisão de toda nossa Trama. Ela fez muita conexão com o que definimos como nossos alicerces para o primeiro ano dos nossos próximos quinze anos: que é assumir um protagonismo na geração de riquezas para todo holograma (parceiros, fornecedores, colaboradores, clientes, etc.), agora, para construir um pedaço de Brasil que dá certo. Mas, o que isto tem a ver com o tema principal do INCREMENTANDO: incremento de lucro e caixa? O rabino com uma sabedoria invejável há quase 2020 anos atrás, já nos ensinava que nós somos os protagonistas dos nossos resultados.

“Se eu não for por mim, quem o será?” Em outras palavras, a prosperidade e as dificuldades dos negócios são única e exclusiva responsabilidade dos seus gestores e líderes.

Porém, nem todos entendem isto, e ficam esperando que, como diz minha mãe: “...os resultados caiam do céu...”. Estes dias estava em uma reunião de análise de resultados de um cliente, onde foi apresentado uma perspectiva de crescimento de 50% do faturamento para este ano. Apesar de eu acreditar que sempre somos capazes, pode-se dizer que é um desafio bastante ousado, principalmente após um ano onde as vendas foram menores que o ano anterior. No entanto, o que mais me preocupou foi quando eu perguntei como tal desempenho seria alcançado. A sala ficou com aquele silêncio incômodo, fizeram “cara de espanto” e deram respostas com pouca consistência. Logo lembrei da célebre frase do Albert Einstein que já citei em outra edição deste boletim: “...insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes. ” Óbvio né? Mas, por que isto ainda é um dilema nos ambientes empresariais? Medo de errar? Faz parte de quem arrisca. Ou, dificuldade de assumir o erro, e mudar? Ego, pode ser o problema. No livro “Capitalismo Consciente”, John Mackey e Raj Sisodia dizem algo parecido com: toda pessoa de negócio vai errar, porque precisa arriscar, o segredo é identificar rápido, ter humildade para admitir e corrigir mais rápido ainda.

Mas, qual a graça de ser protagonista para ficar mais rico, ou mais inteligente, ou qualquer outro mais que seja, só para nós mesmos? E aí tem mais um ensinamento do rabino Hilel. “Mas, se eu for só por mim, quem serei eu? ” Vamos trazer isto para o mundo dos negócios. Independente das questões filosóficas, se o holograma não gerar riquezas, as empresas também terão dificuldades, no INCREMENTANDO 130 escrevi sobre isto: “Resultados para Todos”.

A última frase do rabino é, para mim, a mais impactante. “Se não agora, quando? ”. Estamos esperando o que para incrementar nossos resultados? Para aumentar a riqueza do nosso holograma?

Tenho testemunhado muitos empresários dizendo que “...estamos plantando...”. Aí pergunto, quando vamos “colher”?

 

ÍNDICES DE SETEMBRO A NOVEMBRO DE 2019

 

LUCRATIVIDADE
Total Industria
Varejo Serviço
LIQUIDEZ
Total Indústria Varejo
*Quando se obtém prejuízo, não são calculados indicadores onde o denominador é o resultado operacional. Isto porque o objetivo destes é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa.
Novembro costuma ser um mês onde a Indústria está faturando para que em dezembro o Varejo tenha a sua melhor venda. E, pelos que os números estão INDICANDO, foi exatamente o que aconteceu. Aliás, um mês que os negócios exclusivamente produtores deveriam entender o que contribuiu com a maior lucratividade do ano. Já Varejo e Serviços deveriam investigar os motivos dos resultados estarem estagnados desde abril e agosto, respectivamente. Porém, tem dois pontos que tem me preocupado bastante nos dois segmentos: inadimplência e prazos que os produtos estão ficando nos estoques. O primeiro indicador vem acima dos 20% desde o mês de agosto, e os itens estão demorando mais de 100 dias entre o dia que o produto e/ou o material chega e sai da empresa.

 

Marcelo Simões Souza