Incrementando

#125Tem indicador que ajuda a explicar!

Tem indicador que ajuda a explicar!

INSPIRAR LÍDERES A HUMANIZAR OS NÚMEROS E O
DINHEIRO PARA DESENVOLVER O BRASIL QUE DÁ CERTO

Eu sempre escrevi e disse: indicador não explica, só indica. Pois é, mas compreendi que esta afirmação necessita ser corrigida. Precisa de alguns complementos: indicadores apurados a partir de informações não explicam resultados econômicos e financeiros, só indicam.

POIS É, HÁ UM OUTRO CONJUNTO DE INDICADORES QUE AJUDAM NA EXPLICAÇÃO, AQUELES QUE SÃO APURADOS A PARTIR DAS PERCEPÇÕES DAS PESSOAS.

Mas, então você pode estar fazendo uma indagação, como medir algo subjetivo? Mas, é exatamente isto que importa, já que as pessoas tomam decisões a partir de suas percepções. É a partir destas que os clientes definem o que e de quem vão comprar, e também os preços que estão dispostos a pagar.

No último Alumiar (encontro de equipes metanóicas), a METANÓIA nos apresentou o conceito de Capital Relacional, e um indicador para medir como andam as relações das nossas empresas com clientes e colaboradores, o ICR.

Portanto, o resultado da fórmula faturamento menos custos e despesas, também conhecido como lucro (ou prejuízo) só é capaz de indicar se o negócio está ou não gerando riqueza econômica, se os clientes estão ou não valorizando os gastos que temos para entregar nossos produtos e/ou serviços. E, se eles e os colaboradores estão ou não se engajando com os nossos propósitos. Mas, não contribui para compreender os motivos que levaram às pessoas a tomarem tais decisões.

Então, exatamente por isto, é que precisamos reunir dois conjuntos de indicadores: os apurados a partir das informações e os levantados através das percepções.

Estes dias estava em uma reunião com um cliente da INCREMENTAL, e ele disse mais ou menos o seguinte: “...o Marcelo vem aqui, nos mostra que o Ticket Médio sofreu alguma alteração, faz a gente entender que ele é fundamental nos resultados do nosso negócio, mas a gente não sabe o que responder quando ele pergunta sobre as causas dessas alterações...”. Diante disto, como definir um prognóstico sem um bom diagnóstico? Corremos o risco de arrumar “coisa para fazer”.

Além desta fundamental contribuição, tem alguns outros aspectos muito importantes que justificam agregar esses indicadores nos nossos painéis de indicadores. Primeiro, porque nos força a enxergar os nossos negócios sob a perspectiva dos principais responsáveis: colaboradores e clientes. Aliás, uma outra questão decorre disto, pois conforme a METANÓIA também nos ensinou,

Lucro é uma consequência de colaboradores comprometidos e clientes fidelizados

E, por fim, Robert Kaplan, criador do Balanced Scorecard escreveu em um dos seus livros, traduzido na nossa linguagem: “...se você quiser saber os resultados de curto prazo, avalie os resultados da Dimensão Econômica, agora se desejar saber se sua empresa está construindo resultados de longo prazo, é essencial saber se está também gerando riqueza nas outras Dimensões...”. Aliás, o mesmo também escreveu:

“...A gente só gerencia aquilo que a gente mede...”

Eu acrescento, vamos medir o que precisa ser gerenciado, ou seja, aquilo que ajuda a explicar os resultados.

 

ÍNDICES DE FEVEREIRO A ABRIL DE 2019

 

LUCRATIVIDADE
Total Industria
Varejo Serviço
LIQUIDEZ
Total Indústria Varejo
 
*Quando se obtém prejuízo, não são calculados indicadores onde o denominador é o resultado operacional. Isto porque o objetivo destes é demonstrar a utilização do lucro. Isto é, quanto deste foi alocado em investimento operacional (variação da NCG), e/ou em outros investimentos (valores que nesses gráficos podem ser observados através da diferença entre formação de caixa total e operacional) e/ou fica retido no caixa.
Mais um mês, aliás, o ano, para empresas predominantemente industriais e as prestadoras de serviços, tem sido de bastante estabilidade na lucratividade. Já o Varejo precisa ligar o "sinal amarelo", pois teve dois meses parecidos com a média do ano passado, e outros dois com metade da lucratividade média de 2018. A boa noticia é que tivemos um dos menores ciclos financeiros dos últimos tempos, e também uma das maiores formações de caixa.