Incrementando

#140Lucro não é acontecimento, tem que ser um hábito.

Lucro não é acontecimento, tem que ser um hábito.

Inspirar obras a humanizar números para desenvolver o Brasil que dá certo.

Esse título foi inspirado no que escreveu Mike Michalowicz no livro “Lucro Primeiro”. Quando li a frase fiquei refletindo e me dei conta que tem empresas que na maior parte do tempo é lucrativa e outras, onde os resultados são esporádicos. E o mesmo vale para o caixa. Por que será?
 
O nosso propósito é Humanizar os Números, mas para torná-los humanos é preciso que existam. Eu tenho escrito e dito insistentemente que dinheiro não é fim, é meio, que é um instrumento para promover a vida. Porém, é essencial termos o meio para chegar ao fim. Em uma viagem, o carro, o avião, o ônibus são meios, mas sem eles fica praticamente impossível chegar ao destino.
 
Tenho plena convicção que existem dois tipos de negócios: os que tem e os que não tem o hábito de gerar resultados. Isto mesmo. Há empresas onde faz parte do dia a dia acompanhar e buscar o alinhamento entre fidelização de clientes, comprometimento de colaboradores e geração de lucro e caixa. Elas têm consciência de que precisam de recursos para financiar seus propósitos, então é natural que o tempo todo surjam novas ideias para agregar mais valor para clientes, tornar a vida deles mais fácil, proporcionar experiências com emoção, tocar o coração deles, encontrar novas formas para eles acessarem os produtos e utilizarem os serviços. É hábito. Assim como é da rotina das pessoas que trabalham nesses negócios, sempre questionar se o modo como as atividades estão sendo realizadas não poderiam ser diferentes e realizadas de uma maneira que consumissem menos recursos, e por que não, e agradasse ainda mais o holograma.
 
Como nessas empresas há essa clareza de que o objetivo do lucro é financiar o propósito, as reuniões de resultados não são utilizadas para avaliar o desempenho das áreas, dos líderes e das equipes. Esses encontros servem para, a partir da análise de indicadores de lucratividade e liquidez, aprender se as ações realizadas no período estão de fato fidelizando clientes e comprometendo colaboradores, tem como finalidade buscar ideias, inspirações, e tomar decisões sobre o que precisa ser feito para continuar fazendo diferença na vida do holograma. E, o importante é que essas reuniões não se restringem aos sócios ou somente às principais lideranças, há rituais para debater lucratividade para toda equipe. Um parêntese, não estou me referindo a compartilhamento de informações, mas sim de estabelecer encontros onde cada equipe tem a possibilidade de encontrar caminhos para aumentar os resultados, analisando os indicadores de resultados que eles gerenciam. A equipe de limpeza, por exemplo, pode analisar os processos e o consumo dos materiais destinados a essa finalidade. A equipe da produção, os desperdícios, gastos com energia, água e insumos. E, assim por diante.
 
Como disse Roberto Tranjan no seu livro Os Sete Mercados Capitais, lucro é como sangue, não vivemos para ele, mas precisamos dele para viver.
Portanto, isto significa que uma empresa que tem incorporado o hábito de gerar resultados, não tem nada a ver com velha ou Nova Economia – definição criada pela Metanóia para o conjunto de empresas que, nas minhas palavras, tem como propósito prosperar fazendo o bem e tornando o mundo um lugar melhor para se viver. A diferença é que na primeira é fim, e na segunda é meio para, como já disse, promover a vida. Assim como precisamos de sangue para viver, precisamos de dinheiro para “...desenvolver o Brasil que dá certo”.
 
 
Marcelo Simões Souza